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quarta-feira, 5 de junho de 2013

" Gestão democrática no espaço escolar "

Hoje, grandes são os desafios na educação brasileira. O cenário presente tem sido cravado por extensivas mudanças no que diz respeito às políticas sociais. Mudanças que provém de uma globalização da economia capitalista. A luta por uma educação pública, de qualidade, administrada por relações democráticas ainda é um dilema. Nesse sentido, requer, em primeiro lugar, que a comunidade tenha conhecimento e consciência de seu espaço de poder, e de que a “coisa pública” pertence aos cidadãos.
Fundamentada em normas na Constituição de 1988, a proposta de gestão democrática do ensino público é entendida como uma administração escolar voltadas para a participação de todos (que compõem a escola) nos espaços escolares, atendendo, porém os interesses da população. “Gestão democrática passa a significar mudanças na concepção de organização do sistema educativo e das unidades escolares, numa perspectiva descentralizada, participacionista, transformadora” (HIDALGO ET AL., 2003, p. 210).
Dessa forma, a gestão escolar democrática tem princípio consolidador para a participação de diversos membros que compõe a comunidade escolar. Vem reforçar não só as diversas possibilidades de gerir processos administrativos, mas, propor ações educativas para a socialização do saber, que promova uma escola eficaz, deixando de lado ações autoritárias para a busca da concretização e o comprometimento de uma escola com seu papel social, assegurando a construção de uma escola solidária, democrática e participativa. Nesse sentido, as eleições de dirigentes é um elemento para a democratização de gestão escolar.
Tendo em meta melhorar a qualidade na educação através da convivência democrática na escola, objetivando o diretor para atuar de forma eficiente, a escolha de dirigentes escolares em nosso município se dá de maneiras diferentes: nas instituições municipais prevalece à indicação do poder executivo, fundamentada numa perspectiva de cargo de confiança, dentro de um período na estipulado. Nas instituições estaduais a nomeação provém por meio de curso/concurso específico. Com atuação desde 2008, as eleições para seus dirigentes ocorre a cada três anos diante de uma conquista, pois há um processo eletivo organizado por uma comissão escolar de voto não obrigatório no qual a comunidade escolar participa e efetiva a escolha do dirigente escolar.
Nesse processo, enquanto cidadão que almeja uma educação destaca como é importante a participação de todos, cabe a escola conquistar sua autonomia, que por meio de uma gestão democrática busca definir, em parceria com a comunidade as prioridades de sua atuação, na busca da qualificação do ensino público, tornando-se escola  de espaço de inclusão, de aprendizagem e socialização.


FERÊNCIAS:
ARAÚJO, Adriana de. Políticas e gestão dos educativos: pedagogia III/ Adriana de Araújo, Josilane Burque Ricci Nascimento, Samira Fayez Kfouri da Silva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
HILDALGO, A. M. et AL. A gestão e a democratização da educação no Paraná: descerrando a cortina.In: NOGUEIRA, F. M. G.; RIZZOTTO, M. L. F. Estado e políticas sociais: Brasil-Paraná. Cascavel: Edunioeste, 2003.



Um comentário:

  1. Infelizmente a Eleição para diretores anida não é uma realidade. Em meu município, das três escolas estaduais apenas uma tem diretores eleitos democraticamente. E na rede municipal os cargos da gestão é exercido por livre nomeação do Prefeito. Pelo Brasil a fora isso não é diferente, em muitos municípios o cargo de diretor é exercido por pessoas que não entendem de educação que estão ali por ser cargo político, cargo este que deveria ser exercido por profissionais da educação que conhecem a realidade escolar bem como a real função da Educação Escolar.

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